De sonhos, de quimeras, de aparências
Colheis por uso erradas consequências
Dos acontecimentos desastrados.
Se à perdição correis precipitados
Por cegas, por fogosas, impaciências,
Indo a cair, gritais que são violências
De inexoráveis céus, de negros fados.
Se um celeste poder tirano e duro
Às vezes extorquisse as liberdades,
Que prestava, ó Razão, teu lume puro?
Não forçam corações as divindades,
Fado amigo não há nem fado escuro:
Fados são as paixões, são as vontades.
Bocage
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