segunda-feira, 6 de outubro de 2008

“Ser bom aluno, bora lá?” – Representações sociais






0- Algumas representações sociais
Paraíso: “ os cozinheiros são franceses “, “os mecânicos são alemães”
Inferno: “os cozinheiros são britânicos “,”os amantes são suíços”
A utilidade no diálogo quotidiano é de utilizar a uma linguagem directa e fácil de entender por todos pois precisamos de dialogar e falar de coisas que são comuns, e que podemos comparar. Não temos tempo, nem paciência, nem necessidade, nem conhecimento para o debate científico.

1- Partindo do princípio de que os principais problemas nos resultados escolares são problemas de método, os quais, desde que resolvidos, permitem aos alunos obter resultados e atingir os seus objectivos de estudo. “Uma das coisas fundamentais que um aluno deve ter é método, ou seja ter uma agenda de trabalho organizada, quase profissional”.

2 – O próprio conceito de "bom aluno" difere nas expectativas dos diferentes estratos sociais. Sem a definição precisa do conceito de "bom aluno" é impossível indicar as “regras” a seguir para atingir esse objectivo indefinido.

3.1 – Embora ele considere que a Web oferece muitas distracções aos alunos por conhecimento próprio, também sabe que é difícil distinguir por vezes as boas ferramentas das más. As suas dúvidas relativamente à Web como ferramenta de estudo resultam de uma história de vida estudantil, que considera gloriosa, onde apenas utilizou papel.


3.2- Vivemos uma verdadeira revolução da informação. Nunca antes, em momento algum da história, a humanidade teve acesso tão rápido a tantas informações. Apenas alguns segundos separam pesquisadores de informações que estão do outro lado do mundo. Com apenas alguns cliques nos “ratos” é possível aceder a portais e sites que nos colocam em museus ou que nos permitem a leitura de clássicos da literatura universal. Através do ecrã dos nossos computadores podemos ouvir músicas, assistir a filmes, ver televisão, editar fotografias, compor imagens e redigir novos textos para divulgação a nível mundial.
Será no fundo como ter vários professores a ensinar diferentes matérias. E tudo isto tem uma componente educativa.

4.1 – O autor defende a aposta nas novas tecnologias por parte do estado, bem como turmas com menos alunos e uma componente desportiva forte.

4.2- O desporto foi referido porque na sua experiência pessoal, o autor compatibilizou os estudos com o atletismo, ganhando algumas medalhas pelo Benfica.
Turmas mais pequenas permitem quer cada professor dedique mais tempo a cada aluno, sendo do senso comum a ideia que facilitam o sucesso escolar.
Novas tecnologias (área política) segundo as concepções do ensino hoje dominantes são frequentemente apresentadas como “o factor de salvação da educação”.


5-“ Há uma maioria preguiçosa entre o universo estudantil nacional”

5.1- Perante a evidência de alunos que não atingem os resultados escolares, se o autor admitir que não são estúpidos, só pode concluir que são preguiçosos… porque parte do princípio que a mais trabalho escolar correspondem sempre melhores resultados, a lei de ouro do trabalho escolar.


5.2- Claro que na geração do autor acabar um curso, quase sempre garantia emprego, e ai a motivação instrumental era maior pois fazia-se um esforço que acabaria por dar frutos, visto que certamente se conseguiria um bom emprego. Na geração do filho isso já não acontece e vemos diariamente pessoas com cursos superiores desempregados, no caso de professores a dar explicações etc.


5.3- O ser humano é um ser muito complexo, mas alguns factores comuns podem ser descobertos. Que condições são necessárias para alguém aprender algo com a maior facilidade?
Ora, aprendemos mais e melhor quando, por alguma razão, queremos aprender e sentimos um verdadeiro prazer intelectual no processo de aprendizagem. Por outras palavras, quando temos a motivação autêntica para tal. Mas, se pensarmos um pouco mais, descobriremos que a própria motivação está interligada com muitos outros factores, tais como o interesse, a curiosidade, o desejo de conseguir, alcançar algo.... a aprendizagem não têm limites. Ao contrário de uma pessoa que só está a estudar com o objectivo de por exemplo, subir na carreira, ou adquirir mais habilitações, mas nem por isso não tem prazer no estudo, logo para essa pessoa vai ser mais difícil a aprendizagem.

6- “Há que encarar o resto da vida com alegria…”

6.1- A lógica simplista da lei de ouro do mérito escolar conduz à conclusão que um aluno que não obteve resultados escolares, ou é (1) preguiçoso ou é (2) estúpido. Para evitar ser catalogado pelo professor com um destes rótulos o aluno pode fingir que não faz o trabalho escolar porque tem a sua vida preenchida com outras tarefas mais importantes, minimizando a importância da escola para se subtrair ao julgamento professoral.