domingo, 26 de outubro de 2008

Poema de Bocage "E Vós, Crédulos, Mortais, Alucinados"


Vós, crédulos mortais, alucinados
De sonhos, de quimeras, de aparências
Colheis por uso erradas consequências
Dos acontecimentos desastrados.
Se à perdição correis precipitados
Por cegas, por fogosas, impaciências,
Indo a cair, gritais que são violências
De inexoráveis céus, de negros fados.
Se um celeste poder tirano e duro
Às vezes extorquisse as liberdades,
Que prestava, ó Razão, teu lume puro?
Não forçam corações as divindades,
Fado amigo não há nem fado escuro:
Fados são as paixões, são as vontades.
Bocage

E Vós, Crédulos, Mortais, Alucinados

Bocage


Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal, no dia 15 de Setembro de 1765. Neto de um Almirante francês que viera organizar a nossa marinha, filho do jurista José Luís Barbosa e de Mariana Lestoff du Bocage, cedo revelou a sua sensibilidade literária, que um ambiente familiar propício incentivou. Aos 16 anos assentou praça no regimento de infantaria de Setúbal e aos 18 alistou-se na Marinha, tendo feito o seu estágio em Lisboa e embarcado, posteriormente, para Goa, na qualidade de oficial.
Ainda novo, começou os estudos entrou na aula régia de gramática do padre espanhol D. João de Medina, e ali aprendeu a língua latina. No ano de 1779 assentou praça de cadete no regimento nº 7 de infantaria de Setúbal, indo estudar em Lisboa aos 14 anos de idade. Na "Academia Real de Marinha", Bocage recebeu a sua educação científica. Aos 18 anos, alistou-se na Marinha, tendo feito o seu estágio em Lisboa e embarcando em 1786 para Goa, Índia, na condição de oficial. Na sua rota para a Índia, a bordo da nau "Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena", passou pelo Rio de Janeiro, onde se encontrava o futuro Governador de Goa. Nesta cidade, teve oportunidade de conhecer e de impressionar a sociedade da época. Regressou a Portugal em Agosto de 1790.
Na capital, vivenciou a boémia lisboeta, frequentou os cafés que alimentavam as ideias da revolução francesa, satirizou a sociedade estagnada portuguesa, desbaratou, por vezes, o seu imenso talento. A sua peculiar experiência de vida, a irreverência, a extroversão, a emotividade, a frontalidade, a ironia, a percepção aguda da realidade e o imenso talento que o caracterizavam, de imediato, garantiram uma legião de admiradores incondicionais. Em 1791, publicou o seu 1º tomo das Rimas. No início da década de noventa, aderiu à "Nova Arcádia", uma associação literária, controlada por Pina Manique, que metodicamente fez implodir. Efectivamente, os seus conflitos com os poetas que a constituíam tornaram-se frequentes, sendo visíveis em inúmeros poemas cáusticos.
Nesta fase da sua vida, Bocage, além da poesia lírica, compôs poemas de carácter satírico contemplando pessoas do regime, tipos sociais e o clero, fato que não agradou obviamente ao poder. Então em 1797, acusado de heresia, dissolução dos costumes e ideias republicanas, foi implacávelmente perseguido, julgado e condenado, sendo sucessivamente encarcerado em várias prisões portuguesas. Ali realizou traduções de grandes nomes como Rousseau e Voltaire, o que o ajudou a sobreviver ao sair, posteriormente, da prisão. Ao recuperar a liberdade, graças à influência de amigos, e com a promessa de criar juízo, o poeta, envelhecido, abandona a boémia e impondo aos seus contemporâneos uma nova imagem: a de homem arrependido e digno
Bocage foi vítima de sua própria fama e dos preconceitos que despertou, passando a vida a ser perseguido pela censura de um país de aristocracia decadente, aliada a um clero corrupto. Muitos versos foram cortados, outros ostensivamente alterados. Num de seus versos, o poeta mostra seu anseio desesperado: "Liberdade, onde estás? Quem te demora?". Em meio de versos coloquiais, Bocage mostra o seu individualismo, seu conflito entre o amor físico e a morte, sua morbidez e atracção pelo horror. Evitando as imagens estereotipadas dos arcaicos e o rebuscamento dos barrocos, consegue formalizar suas vivências numa linguagem concisa e equilibrada , um estilo muito pessoal que o torna verdadeiramente um "clássico" da língua portuguesa. Esse carácter subjectivo da poesia de Bocage, que faz do próprio "eu" o centro do universo poético, torna-o um precursor das tendências românticas, que embora já contagiassem o resto da Europa, mal se esboçavam no seu tempo em Portugal
Como satírico, expôs as mazelas de seu tempo em uma linguagem quase sempre pesada. Os seus alvos preferidos eram os poderosos, mas também não poupou seus colegas de Academia. Mas sua produção satírica foi marcada principalmente, pela temática sexual.
Diante disso tudo, Bocage tornou-se um dos poetas mais importantes do século XVIII e, apesar de ter deixado fama de grande satírico e improvisador, a sua obra coloca-o como um dos melhores sonetistas líricos de toda a literatura portuguesa.Em redor de uma atmosfera de melancolia e privações, que se tornou sua vida após a liberdade, em 21 de Dezembro de 1805 falece Bocage, vítima de um aneurisma, aos 40 anos.
Títulos e edições principais da obra poética de Bocage:
Rimas, 3 volumes, Lisboa 1791, 1799 e 1804;
Obras Completas, Rio de Janeiro, 1811
Rimas, 4º volume (precedido de um discurso sobre a vida e escritos do poeta por José Maria da Costa e Silva), Lisboa, 1812;
Rimas, 5º volume, Lisboa, 1813;
Rimas, 6º volume, Lisboa, 1814;
Obras poéticas (7 volumes), Lisboa, 1849-50;
Poesias (6 volumes), edição de Inocêncio Francisco da Silva, com um estudo de Rebelo da Silva, Lisboa, 1853;
Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas, Lisboa, 1854;
Poesias (Selecção - Colecção Clássicos da Sá da Costa), Lisboa 1942;
Sonetos e Poesias Várias, com prefácio de Vitorino Nemésio, Colecção Clássicos Portugueses, Lisboa, 1943;
O Livro das Fábulas, Lisboa 1930, com ilustrações de Julião Machado;
Obras Escolhidas (2 volumes) com prefácio e notas de Hernâni Cidade e ilustrações de Lima de Freitas, Lisboa, 1969;
Opera Omnia (3 volumes) publicados sob a direcção de Hernâni Cidade, Lisboa 1969-70;
Poesias de Bocage com prefácio de Margarida Barahona na Colecção Textos Literários, Serra Nova, Lisboa 1981;
Antologia Poética, selecção e introdução de Mª Antónia Carmona Mourão e Mª Fernanda Pereira Nunes, Bib. Ulisseia de Autores Portugueses, Lisboa.

Pesquisas:

http://pt.wikipedia.org/wiki

http://images.google.pt/images


Reflexão sobre a ficha Correlação de Person




Com esta ficha aprendi que vivemos numa sociedade onde quase tudo se correlaciona.
Nunca antes tinha sequer pensado na Correlação de Person, e nem me apercebia que várias coisas do dia a dia existem e acontecem porque alguém já fez estudos científicos para que possa viver na sociedade com mais qualidade de vida. A internet, a televisão a escola e até os electrodomésticos das nossas casas, e como tudo é mais fácil, pois estudos, estatísticas entrevistas, etc; conseguiram melhorar todos esses meios tão essenciais para nós. Nunca tinha pensado na importância que existe nas entrevistas, quando me telefonam para casa por exemplo e me pedem opinião sobre determinados assuntos, achava uma chatice. Mas agora penso de maneira diferente. A ficha ajudou-me bastante.
Aprendi que para ter sucesso na vida, não basta ter talento. Não nascemos para ser o presidente de um banco, um grande atleta ou um reconhecido actor. Chegamos ao topo apenas após muito esforço e treino. E não é qualquer simples esforço: tem de ser cansativos e, se possível, penosos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Poema De Alexandre O'Neil

" Há palavras que nos beijam"






Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas, inesperadas

Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído,

No papel abandonado)

Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.

De Alexandre O'Neil






Alexandre O’Neill






Alexandre O'Neill nasceu no dia 19 de Dezembro de 1924 na cidade de Lisboa. Filho do bancário António Pereira de Eça O'Neill de Bulhões e de Maria da Glória Vahia de Castro O'Neill de Bulhões, dona de casa, Alexandre, depois de concluir os estudos do Liceu, entra na Escola Náutica de Lisboa. Em 1944, após concluir o 1º ano, requereu, junto à capitania de Lisboa, a cédula marítima, que lhe permitira exercer a função de piloto. O pedido foi-lhe negado por causa da sua miopia.
A postura de desdém irónico perante a instituição literária não é senão a outra face da moeda de uma escrita poética fundamentada na recusa de qualquer misticismo, das palavras ou no fazer “bonito”. As palavras são “animais doentes”:
a consciência trágica do desgaste da linguagem, do peso que o tempo veio acumulando sobre as palavras, transforma-a, O’Neill ironicamente em jogo – tudo é reconstruído, parodiado e reaproveitado: calão, idiotismos, entoações.
A representação exemplar do peso histórico da linguagem é, sem dúvida, o lugar-comum – a sua fonte predilecta de desconstrução. Neste sentido, é uma poesia do quotidiano,
Estas palavras que foram ditas pelo autor na abertura do disco gravado em 1972, que acompanhava a edição do livro de poemas Entre a Cortina e a Vidraça, definem bem a atitude literária de Alexandre O’Neill – um poeta que rejeitava palavras como carreira, ou poses de “empolamento” características do meio literário, “certa importância sumamente ridícula” de muitos escritores.
.…Sou parecidíssimo com a minha poesia. Mesmo no dia-a-dia, no próprio trabalho. Entre a minha expressão coloquial e a minha expressão poética não há distância. A diferença será de intensidade, ou ao que se pode chamar intensidade.” O que O’Neill não revela, nesta entrevista ao jornal A Capital (2/5/1968), é qual das duas considera mais intensa: se a poesia, se a vida.
Mas a doença começava a atormentá-lo. Em 1976, sofre um ataque cardíaco, que o poeta admitiu dever-se à vida desregrada que sempre tinha tido, e que, apesar de algum esforço em contrário, continuou a ter. No início dos anos 80, já divorciado de Teresa Gouveia, repartia o seu tempo entre a casa da Rua da Escola Politécnica e a vila de Constância, frequentemente com Laurinda Bom, sua companhia mais constante nos últimos anos. Em 1984, sofreu um acidente vascular cerebral, antecipatório daquele que, em Abril de 1986, o levaria ao internamento prolongado no hospital. Morreu em Lisboa a 21 de Agosto desse ano.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Auto – Retrato














De baixa estatura, cara redonda, sorriso bonito
Olhar perdido, buscando o infinito
Amo o que Sinto e vivo intensamente o que amo
Perdida e logo me reencontrando


Busco sensações, emoções, na essência da minha alma
Sou como um rio que corre, procurando o seu mar
Vivo, sou inconstante, procurando sempre o meu altar
Local secreto onde posso ficar e onde me vais encontrar


Caminho, tropeço, caio, sorrio…
Amo o mar, o sol a vida e o ar que respiro
Amo a minha filha, o sorriso que expresso
Sou como sou, encontro-me nesse rio

Onde tantas vezes me perdi…
Limpo as minhas lágrimas
Não permito que a tristeza fique
Detesto a intriga, a mentira, os segredos que não retive



Máscaras …espelhos …lua…tranquila..mar …revolto
Eis-me …

Mila

Caixa de Pandora







Caixa de Pandora – é uma expressão utilizada para designar qualquer coisa que incita a curiosidade mas que é preferível não tocar (como quando se diz que "a curiosidade matou o gato"). Tem origem no mito grego da primeira mulher, Pandora, que por ordem dos deuses abriu um recipiente (há polémica quanto à natureza deste, talvez uma panela, um jarro, um vaso, ou uma caixa tal como um baú…) onde se encontravam todos os males que desde então se abateram sobre a humanidade, ficando apenas aquele que destruiria a esperança no fundo do recipiente. Existe algumas semelhanças com a história judaico-cristã de Adão e Eva em que a mulher é, também, responsável pela desgraça do género humano.
E já agora quem será a culpada das desgraças em Portugal, será também uma mulher…?digam-me se souberem.







sábado, 11 de outubro de 2008

Reflexão sobre Representações Sociais

As Representações Sociais, ajudam no esclarecimento dos comportamentos, criam uma forma de pensamento social onde o conhecimento resulta da observação. Nesta perspectiva, as Representações Sociais da realidade estão sempre ligadas às experiências, à cultura aprendida no decorrer de uma vida, à linguagem que se utiliza nas relações sociais, enfim à própria história pessoal e do grupo social com o qual se convive e nos relacionamos. Na reflexão dessas questões, percebe-se que não é possível estudar o homem moderno sem levar em conta a sua inclusão numa sociedade altamente tecnológica. É imprescindível salientar que a tecnologia está presente em nosso dia-a-dia, é um processo histórico e não se pode negá-lo e nem pensar em recuo, mesmo sendo um período de transição. A informática na sociedade globalizada traz implicações directas ou indirectas no modo de vida de todos. Temos de adequar os nossos comportamentos a essa realidade, tanto na vida pessoal como familiar. Como mãe sinto uma maior necessidade de atenção à utilização da tecnologia (computador) pela minha filha, pois em idade escolar, não aprende só aquilo que os professores ensinam, nem aquilo que os pais ensinam, por isso a necessidade de atenção.

trabalho O bom aluno – Representações científicas

1 -Etapa 1: Observação – Quase todas as investigações científicas começam com uma observação que estimula a curiosidade ou origina uma questão.

Etapa 2: Formulação da pergunta: O propósito da pergunta é limitar o centro da investigação e identificar o problema em termos específicos.
Exemplo de uma pergunta: o chá verde reduz os efeitos da oxidação?

Etapa 3: Formulação da hipótese: O próximo passo no método científico é sugerir uma possível resposta em forma de hipótese. Uma hipótese é, muitas vezes definida, como um palpite desenvolvido porque quase sempre se baseia nas informações que se dispõe sobre um tópico.

Etapa 4: Experiência controlada: Muitas pessoas pensam numa experiência como algo que acontece num laboratório. Mas as experiências não envolvem necessariamente as bancadas de um laboratório ou tubos de ensaio. No entanto, elas precisam ser armadas de forma a testar uma hipótese específica e precisam de ser controladas.

Etapa 5: Analise os dados e conclusão: Durante uma experiência, os cientistas reúnem dados quantitativos e qualitativos. Em meio a essas informações, se eles tiverem sorte, estão indícios que podem ajudar a sustentar ou a rejeitar uma hipótese.

2- O método científico é um instrumento poderoso, mas tem as suas limitações. Essas limitações baseiam – se no facto de que uma hipótese precisa de ser testada e de ser contestada, e que experiências e observações precisam ser passíveis de repetição. Isso coloca certos tópicos além do alcance do método científico. Por exemplo, a ciência não pode provar ou refutar a existência de Deus ou de qualquer outra entidade sobrenatural. E por fim em ciências sociais ,não podemos usar o método experimental porque respeitamos valores éticos .

3 - Vimos que o método científico começa com a observação. Com base na observação e apoiado pelo pensamento indutivo formula-se uma hipótese que, nada mais é do que uma crença que se desconfia que seja verdadeira.
A partir daí, deve-se testar a hipótese. Mas como as ciências sociais não podem utilizar o método experimental ficamos sempre a espera de novos dados para verificar as hipóteses.

4- A observação directa e indirecta
- A observação participante e não participante
- Questionários e entrevistas

5- Na análise temática é necessário descobrir um tema nos dados, é preciso comparar acções entre si, para ver se existe um conceito que os unifique. Quando se encontram temas diferentes, é necessário achar semelhanças que possa haver entre eles. Durante a interpretação dos dados, é preciso voltar atentamente aos padrões teóricos, relevantes à investigação, pois eles dão-nos as perspectivas significativas para o estudo. A relação entre os dados obtidos e a fundamentação teórica é que dará sentido à interpretação.

Na analise categorial a escolha de categorias (classificação e união).
A maioria dos procedimentos de análise qualitativa organiza-se em torno de categorias.A categoria é uma forma geral de conceito, uma forma de pensamento. As categorias são reflexas da realidade, sendo sínteses, em determinado momento, do saber. Por isso, se modificam constantemente, assim como a realidade. Na análise de conteúdo, as categorias são indicações ou classes que reúnem um grupo de elementos (unidades de registo) em razão de características comuns.

6- A atitude científica distingue-se da atitude ideológica pelo facto de estudar a realidade de forma objectiva, procurando conhecer/estabelecer causas e relações entre os fenómenos, ao contrário da atitude ideológica que enuncia juízos de valor relativamente ao objecto em estudo. A atitude ideológica é, ao contrário da científica, subjectiva, porque expõe factos recorrendo a ideias pessoais e à consciência pessoal


7- No mundo em que vivemos, todos nós temos opiniões na maior parte das vezes muito fortes, sobre aquilo que não conhecemos, todos nos apercebemos da realidade que nos rodeia, quer física quer social. É a ideia que temos da realidade sem que façamos algum tipo de estudo que é chamado de conhecimento vulgar ou de senso comum.Por outro lado temos o conhecimento científico, é o estudo que se faz sobre algo e todo o resultado é fundado de uma pesquisa através de métodos científicos.

Reflexão - "o bom aluno" - Representação Cientifica



Achei bastante interessante esta ficha, porque me fez questionar sobre diversos assuntos. Achei interessante as etapas do método científico, pois nunca nos questionamos sobre como certas coisas acontecem. Em relação ao método científico ser um processo que não tem fim, á partida não entendia muito bem porque, mas compreendi que não pode ter fim porque existem coisas que não podem ser experimentadas em relação às ciências socais. E por fim em ciências sociais ,não podemos usar o método experimental porque respeitamos valores éticos .
Também aprendi que nunca devemos subestimar a experiência pessoal e social das pessoas e dos grupos humanos, qualquer que eles sejam. É certo que vivemos cada vez mais num universo mediático, alternado pelas imagens, num universo onde cada vez mais substituímos nossas experiências reais pelas representações dessas experiências.
Não tinha a noção destas etapas antes da elaboração desta ficha de trabalho.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

“Ser bom aluno, bora lá?” – Representações sociais






0- Algumas representações sociais
Paraíso: “ os cozinheiros são franceses “, “os mecânicos são alemães”
Inferno: “os cozinheiros são britânicos “,”os amantes são suíços”
A utilidade no diálogo quotidiano é de utilizar a uma linguagem directa e fácil de entender por todos pois precisamos de dialogar e falar de coisas que são comuns, e que podemos comparar. Não temos tempo, nem paciência, nem necessidade, nem conhecimento para o debate científico.

1- Partindo do princípio de que os principais problemas nos resultados escolares são problemas de método, os quais, desde que resolvidos, permitem aos alunos obter resultados e atingir os seus objectivos de estudo. “Uma das coisas fundamentais que um aluno deve ter é método, ou seja ter uma agenda de trabalho organizada, quase profissional”.

2 – O próprio conceito de "bom aluno" difere nas expectativas dos diferentes estratos sociais. Sem a definição precisa do conceito de "bom aluno" é impossível indicar as “regras” a seguir para atingir esse objectivo indefinido.

3.1 – Embora ele considere que a Web oferece muitas distracções aos alunos por conhecimento próprio, também sabe que é difícil distinguir por vezes as boas ferramentas das más. As suas dúvidas relativamente à Web como ferramenta de estudo resultam de uma história de vida estudantil, que considera gloriosa, onde apenas utilizou papel.


3.2- Vivemos uma verdadeira revolução da informação. Nunca antes, em momento algum da história, a humanidade teve acesso tão rápido a tantas informações. Apenas alguns segundos separam pesquisadores de informações que estão do outro lado do mundo. Com apenas alguns cliques nos “ratos” é possível aceder a portais e sites que nos colocam em museus ou que nos permitem a leitura de clássicos da literatura universal. Através do ecrã dos nossos computadores podemos ouvir músicas, assistir a filmes, ver televisão, editar fotografias, compor imagens e redigir novos textos para divulgação a nível mundial.
Será no fundo como ter vários professores a ensinar diferentes matérias. E tudo isto tem uma componente educativa.

4.1 – O autor defende a aposta nas novas tecnologias por parte do estado, bem como turmas com menos alunos e uma componente desportiva forte.

4.2- O desporto foi referido porque na sua experiência pessoal, o autor compatibilizou os estudos com o atletismo, ganhando algumas medalhas pelo Benfica.
Turmas mais pequenas permitem quer cada professor dedique mais tempo a cada aluno, sendo do senso comum a ideia que facilitam o sucesso escolar.
Novas tecnologias (área política) segundo as concepções do ensino hoje dominantes são frequentemente apresentadas como “o factor de salvação da educação”.


5-“ Há uma maioria preguiçosa entre o universo estudantil nacional”

5.1- Perante a evidência de alunos que não atingem os resultados escolares, se o autor admitir que não são estúpidos, só pode concluir que são preguiçosos… porque parte do princípio que a mais trabalho escolar correspondem sempre melhores resultados, a lei de ouro do trabalho escolar.


5.2- Claro que na geração do autor acabar um curso, quase sempre garantia emprego, e ai a motivação instrumental era maior pois fazia-se um esforço que acabaria por dar frutos, visto que certamente se conseguiria um bom emprego. Na geração do filho isso já não acontece e vemos diariamente pessoas com cursos superiores desempregados, no caso de professores a dar explicações etc.


5.3- O ser humano é um ser muito complexo, mas alguns factores comuns podem ser descobertos. Que condições são necessárias para alguém aprender algo com a maior facilidade?
Ora, aprendemos mais e melhor quando, por alguma razão, queremos aprender e sentimos um verdadeiro prazer intelectual no processo de aprendizagem. Por outras palavras, quando temos a motivação autêntica para tal. Mas, se pensarmos um pouco mais, descobriremos que a própria motivação está interligada com muitos outros factores, tais como o interesse, a curiosidade, o desejo de conseguir, alcançar algo.... a aprendizagem não têm limites. Ao contrário de uma pessoa que só está a estudar com o objectivo de por exemplo, subir na carreira, ou adquirir mais habilitações, mas nem por isso não tem prazer no estudo, logo para essa pessoa vai ser mais difícil a aprendizagem.

6- “Há que encarar o resto da vida com alegria…”

6.1- A lógica simplista da lei de ouro do mérito escolar conduz à conclusão que um aluno que não obteve resultados escolares, ou é (1) preguiçoso ou é (2) estúpido. Para evitar ser catalogado pelo professor com um destes rótulos o aluno pode fingir que não faz o trabalho escolar porque tem a sua vida preenchida com outras tarefas mais importantes, minimizando a importância da escola para se subtrair ao julgamento professoral.

domingo, 5 de outubro de 2008

Reflexão de stc- Acção Social segundo Weber


Reflexão


Ao fazer este trabalho fiquei a conhecer Max Weber um dos fundadores da Sociologia e da Ciência moderna. Gostei bastante de conhecer as suas teorias e só por isso enriqueci.
Penso também que o mundo está burocratizado, vivemos num processo de
desculpa consciente e razoável.A ciência e a técnica científica estão a tornar o mundo mais dependente das tecnologias porque elas são a parte mais importante do constante processo intelectual e racional a que estamos submetidos.Isso nem sempre é bom. A tecnologia acaba por tornar por vezes as pessoas mais distantes,frias ,e por vezes selectivas .
Ele defendia que para todas as disciplinas, tanto as ciências naturais como as ciências da cultura, o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao fim. A ciência é o aproximar da ciência. Seria necessário que a humanidade perdesse a capacidade de criar para que a ciência do homem fosse definitiva.






quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Reflexões sobre o documentário "Olhos Azuis"



Depois do visionamento do documentário “Olhos Azuis “, que achei muito interessante, e dos trabalhos apresentados pelos colegas, e por mim, relatando histórias de vida pessoais, outros abordaram a discriminação no geral, debatemos na aula os trabalhos de cada um.
Achei essa actividade muito interessante, porque trocámos ideias, às vezes concordámos outras não, mas gosto dessa maneira de trabalhar Cheguei à conclusão que realmente ainda existe discriminação, de várias formas, seja racial, sexual ou devido a limitações físicas, ou somente porque não gostamos de estrangeiros ou alguém diferente.
Depois das nossas tristezas e decepções, depois do nosso descontentamento na vida, dos nossos desgostos e angústias, ainda existe outro sentimento “a culpa”. Nós, o ser humano, ainda fazemos discriminação. Quer queiramos quer não acabamos por sentir essa “culpa “. Não queremos mas ela existe. Quantas vezes nos sentimos tristes por experimentar esses sentimentos em relação aos outros.
Este tipo de trabalhos consegue confrontar-nos com coisas que nos passam por vezes ao lado. Dai a sua importância.